Jornal O POVO

Cine Holíudy esticado

O cineasta cearense Halder Gomes foi um dos vencedores do edital do Ministério da Cultura para transformar o curta Cine Holiúdy em um longa-metragem.



Por: Angélica Feitosa




A inspiração para o curta Cine Holiúdy - O astista contra o cabra do mal veio de uma cena da infância do cineasta cearense Halder Gomes em sua cidade natal. A pequena Senador Pompeu, na região do Sertão Central, costumava receber profissionais errantes que levavam à população a magia do cinema. E o pequeno Halder era dos expectadores mais assíduos. Cinco anos depois de finalizado o curta Cine Holiúdy sobre a história do personagem Francisgleydson (Edmilson Filho) e sua paixão pelo cinema, Halder Gomes deverá ampliá-lo. O cineasta foi um dos vencedores do edital 2009 de Apoio à Produção de Obras Cinematográficas Inéditas, de Longa Metragem, de Ficção, de Baixo Orçamento, do Ministério da Cultural, através da secretaria de Audiovisual. A premiação é de R$ 1 milhão para a realização do filme. Kleber Mendonça Filho, de Pernambuco, é o outro contemplado do Nordeste no concurso. Essa é a terceira vez que Halder concorre ao edital. ``O prêmio chegou no momento certo, com minha carreira mais madura. Hoje tenho a possibilidade de convidar atores peso no cenário nacional para trabalhar com o elenco local``, aponta o diretor, que ficou sabendo da premiação na manhã de ontem. Halder Gomes está gravando o seu terceiro longa, Área Q, em Quixadá e de Quixeramobim. Além dos trabalhos em andamento e dos dois já lançados, No Calor da Terra do Sol e The Morgue, ele realiza em paralelo a co-direção de As Mães de Chico, sobre Chico Xavier, produção da ONG Estação da Luz. Segundo Halder, Cine Holiúdy deve trazer uma contextualização do curta, como se a filmagem de 2004 fosse um episódio do longa. Além da vida do protagonista Francisgleydson e de sua família, novos personagens devem ser criados e terão suas histórias exploradas. A linguagem tipicamente cearense e a comédia de situações deverão ser mantidas. Proprietário do Cine Holiúdy, um modesto cinema no interior do Ceará nos anos 70, Francisgleydson se multiplica nas funções de bilheteiro, lanterninha e projecionista, para levar a magia dos filmes de Kung Fu às telas. Um súbito defeito no projetor o leva a um desafio: conter os ânimos da plateia enfurecida e, de quebra, contar o restante do filme. A tarefa seria fácil, se ele tivesse assistido ao filme. "É uma comédia nostálgica e tem a brincadeira de um outro idioma dentro do português, o cearês. O humor não é pelo forçado, mas pela natureza e pelas circunstâncias que surge a comicidade cearense no filme". Pela expectativa gerada no curta, esse deverá ser a produção mais importante da carreira do cineasta.

1 comentários:

Unknown disse...

Parabens queridos Haldinhoso e Ed, por mais uma conquista!!!
Muitos beijos.......
Su
:)

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