Matéria Diário do Nordeste

Terra da fantasia


A imaginação e a realidade em contato com a história de vida e os projetos profissionais dos cineastas Halder Gomes e Gerson Sanginitto. Sonhos e dificuldades levados adiante para transformar "Área Q" em uma realidade, na Terra da Fantasia

Nada foi fácil na produção de "Área Q". "Mesmo com apoios de empresas dos Estados Unidos e São Paulo, enfrentamos muita dificuldade para obter parceiros em minha terra", afirma Halder Gomes, que trouxe o projeto para o Ceará, após cogitar rodá-lo no Arizona. A força para a superação das adversidades vem da vontade de dedicar o filme à memória de seu pai, José Rolim Gomes, recentemente falecido.

Halder considera que "No Calor da Terra do Sol", filme de ação concluído em 2004, foi um "laboratório", já que o mercado cearense não estava "acordado" para aquele tipo de produção. "Este será um filme de parcerias, de valor de produção agregado, o que, na tela, será surpreendente. O elenco se apaixonou pelo roteiro, e esse é um dos valores de produção agregados, algo imensurável. A produção independente mundial passa por um momento difícil. Uma forma de buscar estes investimentos menores é uma opção de mídia alternativa às tradicionais. Apostaremos em cotas de merhcandising, ao invés de leis de incentivo". Gerson considera que, no processo de produção, foi possível engatilhar outros dois projetos norte-americanos, que ele prefere não comentar, além de levar para lá uma produção cearense, "As mães de Chico Xavier", em parceria com a Estação da Luz, de "Bezerra de Menezes".

Halder gomes e Gerson Sanginitto
superaram as dificuldades de
investimentos na Terra do Sol
para levar adiante o projeto
de "Área Q", tornando realidade
idéias sobre a temática dos
extraterrestres acumuladas
há muitos anos .


Halder revela que houve pressão das "film comissions" internacionais para mudar o rumo da produção. "Cada uma delas quer levar as produções para seus territórios. E com ´Area Q" não foi diferente". Quanto à distribuição, existem empresas interessadas no projeto e até na promoção de "premieres" mundiais do filme. Halder mantém contatos com diretores de "majors" e independentes que demonstraram interesse na distribuição nos cinemas brasileiros. "Nosso primeiro contato foi com a Fox, com quem tivemos contato no ´Bezerra de Menezes´, que co-produzi".

Ligações pessoais

Depois de trabalhar junto de Gerson Sanginitto em "Beyond the Ring" e "The Morgue", Halder ressalta que a direção caberá exclusivamente ao colega, um apaixonado por cinema por influência do "ET", de Steven Spielberg. "Ele sempre sonhou em fazer um filme do gênero. Foi um encontro perfeito e num momento ideal, onde temos um belo roteiro e parcerias formadas para sua execução e um tema que nos fascina", diz.

E faz uma espécie de desabafo: "´Área Q" representa uma vitória pessoal: "fazer com que o nosso estado abrigue produções internacionais. Quero em proporcionar ao Gerson as melhores condições de produção para que ele faça o filme com tranquilidade, na expectativa de que o sucesso deste projeto alavanque aqueles outros. Estamos diante do possível surgimento de uma indústria cinematográfica de verdade no nosso estado, o que torna este filme uma questão de interesse do Estado. Gostaria que todos percebessem isso", argumenta.

Halder, por sua vez, relata ainda que a escolha do título do filme tem uma clara alusão à "Área 51", que o governo norte-americano não admite e já virou filme. Mas também sugere aspectos pessoais para a sua realização. "Tive um contato imediato de primeiro grau, lá na região de Quixadá, pois sou de Senador Pompeu, também no Sertão Central. Foi na década de 80. Eu estava com umas 50 pessoas, numa fazenda. Vimos, no horizonte, uma espécie de lua alaranjada, quadrada, que foi ficando elíptica. Algo que depois vi que remetia à descrição da Rachel de Queiroz", narra o cineasta.

Contatos imediatos

"Área Q" já tem uma equipe formada, em quase sua totalidade, por profissionais locais. Nomes como Márcio Ramos (efeitos especiais), Helgi Thor (edição), Dayane Queiroz (direção de produção), Edna Letícia (coordenadora de produção em Quixadá e Quixeramobim), Rafaella Nunes (criação), Fábio Vasconcelos (direção de arte), Tarsila Furtado (figurino), além Glauber Filho, Luís Eduardo Girão e Sidney Girão (produtores associados e executivos). Estão sendo contatados os talentos das cidades de Quixadá e Quixeramobim, cujas prefeituras são parceiras no projeto. A base de produção está dividida entre Fortaleza e Los Angeles. Após as quatro semanas no Estado, parte da equipe seguirá para Los Angeles para uma semana de filmagens nos estúdios da Reef. A direção de fotografia será de Carina Sanginitto. Equipe responsável por estabelecer o elo entre realidade e fantasia na Terra do Sol.

PEDRO MARTINS F./HENRIQUE NUNES
CRÍTICO DE CINEMA/REPÓRTER

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/

11 comentários:

HOOZEMBERG SENA DE OLIVEIRA disse...

APESAR de ser declarado uma peça de ficção, creio que o filme se alinha com o que há de melhor da interpretação do fenômeno UFO. A biosfera do planeta está mesmo sendo duramente atingido pela civilização e o governo representa poderes que sugam da Terra os seus recursos, a ponto de comprometer o bem-estar de todos nós.

Uma "Matrix" é o que estamos todos nós a viver? o filólogo Zecharia Sitchin, especialista em cultura do Oriente Médio, escreveu livros que apontam para uma civilização não terrena que esteve na origem de nosso modo cultural de viver, influindo na Natureza de forma inteligente e produtiva. Mas, como ele tb. mostra, aquela era uma espécie alienígena sanguinária. Sabemos que o Pode (político) viaja no tempo através das gerações hegemônicas e deve ser ela que mantém contato com os antigos seres que aqui chegaram com propósitos que jamais nós, não pertencentes ao Poder, descobriremos, a não ser através de vazamentos de informação ou de outros seres, benéficos, que nos contatem, como no Filme, a nos dizer o que fazer contra os possíveis destinos sombrios que aguardam a Humanidade.

O fenômeno OVNI, tratado num filme de realização de sonhos, é contudo um fato inegável em todo o mundo. Estamos vivendo um clima de 'companhia estranha'. Cidades do interior do Brasil estão tendo visitações frequentes de objetos luminosos, trazendo pânico às famílias humildes daqueles rincões. Está na hora de a verdade aparecer de vez.

Grande Abraço.
Hoozemberg Sena de Oliveira
(João Pessoa, Paraíba).

Unknown disse...

Gostei muito de como o tema foi tratado! Parabéns a todos!
Ricardo

filosovida disse...

Excelente e comovente....nao temos muito tempo e devemos agir rapidamente pois estamos em franco declinio de recursos...convido a todos que exijam da alta direcao das nacoes, uma explicacao quanto as providencias tomadas quanto ao envio de seres humanos para povoar outros planetas....

filosovida disse...

Excelente e comovente....nao temos muito tempo e devemos agir rapidamente pois estamos em franco declinio de recursos...convido a todos que exijam da alta direcao das nacoes, uma explicacao quanto as providencias tomadas quanto ao envio de seres humanos para povoar outros planetas....

Renata Jensen disse...

Lindo nunca sai de moda.

Unknown disse...

What real incidents served as the basis for the screenplay?

VANDER SILVEIRA disse...

Considerei um filme SÉRIO e assisti pela 3a vez. De tudo que já estudei do assunto , o filé está dentro da temática com bastante embasamento e não tenta ser uma produção de ficção sensacionalista. GRATIDÃO!

Luijz Rhamus disse...

Assisti o filme duas vezes, uma há poucos anos atrás, quando o encontrei por acaso em um canal por assinatura e acabei de assustir agora mesmo, em 28/07/2021 (ainda rolavam na tela os créditos finais quando pausei para pesquisar o nome de José Rolim Gomes a quem o filme foi dedicado). Irei avaliar no My Family Cinema com nota máxima. Parabéns à toda a equipe! Que venham outras produções com temática ufológica!

Luijz Rhamus disse...

Excelente comentário.

Marcelo Morcegão disse...

òtimo filme. Uma pessoa colocou no grupo da zap. Cliquei sem muito interesse e mesmo sem tempo fui assistindo e me identificando. Cheguei até aqui pq fiz a pesquisa tbem pelo nome de José Rolim Gomes. Depois desse filme, fizeram outros ?

Luijz Rhamus disse...

Marcelo Morcegão, até onde sei (depois dessa pesquisa ainda não fiz outra) não haveria outra produção do diretor ou equipe, por enquanto.

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